O desencanto da política


Escrevia assim Miguel Torga, no seu diário, há trinta anos atrás:
"Metem medo, estes nossos políticos. Dá-se-lhes a confiança e o voto na melhor boa fé, e quando esperamos deles uma palavra de clarividência, fruto de um pensamento amadurecido no conhecimento das realidades pátrias, roem-nos a corda. Sobem a uma tribuna e deixam-nos boquiabertos com os repentismos de uma demagogia desmiolada. Em vez de serem os enviados redentores em que acreditámos, parecem pragas de Deus."
Acrescento a definição de política para Aristóteles: "Vemos que toda cidade é uma espécie de comunidade, e toda comunidade se forma com vistas a algum bem, pois todas as acções de todos os homens são praticadas com vistas ao que lhes parece um bem; se todas as comunidades visam a algum bem, é evidente que a mais importante de todas elas, e que inclui todas as outras, tem mais que todas este objectivo e visa ao mais importante de todos os bens; ela chama-se cidade e é a comunidade política."
Temos Aristóteles que nos diz que a política é a ciência que tem por objecto a felicidade humana e temos os nossos políticos que pouco ou nada fazem pela nossa felicidade...
O que nós precisamos é de políticos que não sejam egoístas. Que gostem de servir e não de ser servidos, que mostrem esperança e felicidade e não só crises e desgraças. Será que os cristãos poderiam fazer política à maneira de Jesus?

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