A outra terra

Os meus pais não são da mesma terra. A apenas três quilómetros de distância, pertencem a freguesias e concelhos diferentes: o meu pai ao de Castro Daire e a minha mãe ao de Resende. Mas há que ir às duas terras porque as duas me ligam afectiva e efectivamente. Efectivamente porque tenho lá família; afectivamente porque nos une os caminhos, os espaços, aquela fonte que ali nasce, entre duas pedras e que nunca secou. Ela lá está entre o milheiral, numa gruta, com água fresca e saborosa. Gosto de ir beber às fontes. Lembro-me sempre daquela quadra popular que diz: Não me inveja de quem tem / carros, parelhas e montes / tenho inveja de quem bebe / a água em todas as fontes. Hoje, movido talvez pela partilha, neste blogue, da minha vida, aqui deixo um pequeno filme daquela fonte escondida. Mais do que as imagens fica o registo sonoro daquela bica que sempre soou da mesma maneira. Peço desculpa pela má qualidade mas tentei o meu melhor. Daqui vou para a Missa. Hoje é à noite. Amanhã, quinta-feira, como todas as quintas-feiras, porque a rotina vai orientando a vida, ida à feira de Lamego.


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