A amizade espiritual


"Um amigo fiel é uma poderosa protecção; quem o encontrou, descobriu um tesouro".
Isto lê-se na Bíblia (Sir 6, 14). Não é passagem única, e na Bíblia temos vários exemplos disso, veja-se, a título de exemplo, a amizade entre David e Jónatas, filho do rei Saúl, amizade tal que Jónatas chegou a amar David como a si mesmo (1 Sm 18, 1-5). Hoje, durante o silêncio da oração da manhã, distraidamente folheei o Livro das Horas e encontrei um texto sobre a verdadeira, perfeita e eterna amizade. Este texto é do século XII, do Beato Aelredo, abade, que escreveu um tratado sobre a amizade espiritual. Este excerto vinha no seguimento do episódio que lembrei, da amizade entre David e Jónatas. Então termina assim este texto: "Esta é a verdadeira, perfeita, estável e eterna amizade. Não se deixa corromper pela inveja, não diminui com suspeitas, não se dissolve pela ambição; posta à prova não cedeu; assaltada, não caiu; batida por tão graves insultos, ficou inflexível; provocada por tantas injúrias, permaneceu imóvel". Diante de uma definição destas, tem ou não razão a Bíblia de que quem encontra um amigo, descobriu um tesouro?

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