O Mar

Era Agosto e Miguel Torga estava em Miramar. Escreveu este poema sobre o Mar:
Mar!
E é um aberto poema que ressoa
No búzio do areal...
Ah, quem pudesse ouvi-lo sem mais versos!
Assim puro,
Assim azul,
Assim salgado...
Milagre horizontal
Universal,
Numa palavra só realizado.

Não tenho o dom da poesia, esse grande milagre de juntar as palavras ao sentimento e de ultrapassar com a escrita o limite do olhar.
Mas hoje estive na praia. Uma da praias da minha vida. Vou à praia para andar, ver o verde da floresta e o verde do mar. Não sei se é verde ou azul. Mas que mais dá? São cores que se adoram, seja o verde do mar ou o verde da floresta com o azul do céu. Mas gosto das cores da floresta, das cores da areia, das cores do mar e das cores do céu. Gosto do vaivém das ondas que rebentam e que fazem as crianças gritar, gosto de me envolver com esta natureza tão natural e tão própria, gosto do mar que puxa e empurra, gosto da linha que separa - ou será que une - o mar ao céu.

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