Procura-se o sucessor


Até domingo temos um grande assunto a tratar, o que é dizer, um grande problema para resolver: eleger o próximo Mestre da Ordem. Esta é, aliás, o primeiro motivo deste Capítulo Geral. Para isso vamos trabalhar, dois dias, em três comissões diferentes, segundo a língua escolhida: uma delas é a comissão à qual estamos nomeados e que tratará de um tema que aparecerá depois nas Actas do Capítulo; a minha é a da vida comum. A outra comissão está mais ligada ao grupo linguístico. O meu é o espanhol e abarca não só Portugal e Brasil, como também as Províncias de Espanha e as Províncias e Vicariatos da América Latina. No total somos 37 membros. A terceira comissão, que só se reunirá amanhã, é por distribuição territorial. Nestas três comissões o assunto é o próximo Mestre da Ordem (MO). E começa o cerco. Começámos por lançar algumas ideias sobre o perfil do próximo MO: que tenha fé (foi só para quebrar o gelo), que ame a Igreja e a Ordem, que tenha experiência de Governo, que escute os irmãos.... eu referi três atitudes: dialogante, que nos dê tranquilidade e confiança. depressa chegámos à conclusão que estávamos à procura de um santo e não de um MO... Mas, obviamente, não se pretende ter um MO com estas qualidades todas, mas nalguns irmãos vemo-las. Depois desta chuva de qualidades, veio a chuva de nomes: cada um escreve três nomes para que se vá concretizando mais esta figura que nos vai governar. Dos muitos que apareceram houve três que sobressaíram (estou a falar na minha comissão linguística). Não posso escrever os nomes mas repito o que escrevi há dias: um forte candidato vive à minha frente. É óbvio que, quando uma pessoa ouve o seu nome, a primeira reacção é logo dizer que não. Mas ainda só estamos nestas conversas informais.
Entretanto, dei comigo a pensar nas eleições dos papas e na assistência do Espírito Santo. Há pessoas que dizem que deveriam colocar-se os nomes de todos numa caixa e o que saísse seria o eleito. Nós, graças a Deus e à democracia que, na Ordem, ainda não está em crise, preferimos que o Espírito Santo esteja presente nestas reflexões e não só no acto eleitoral. Assim entendemos que, dialogando fraternalmente, em comunidade, buscamos a verdade e o bem da Ordem. Numa frase mais bonita, de Santo Aberto Magno, citada ontem pelo MO, o nossa missão como dominicanos é "buscar a verdade na doçura da comunidade".

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