Esta geração


As minhas saídas matinais, às terças-feiras, para ir celebrar Missa a um colégio, fazem-me ver o look da malta nova. E aqui, malta nova entenda-se pelos rapazes e raparigas do secundário e universitários (no meu percurso passo por uma universidade pública). E o que é que vemos? Gente desalinhada que vive no seu mundo como se vivesse dentro de uma bola de sabão. Não é uma crítica às pessoas em si - nunca meti conversa com ninguém - mas à aparência (sabendo que as aparências muitas vezes iludem). Mas o que é que vejo? As calças ao fundo do rabo - que soube há pouco que vem dos skaters que, nas curvas do corpo, quando andam de skate, as calças desciam... (uma versão mais edificante que a que corre na net...) - uns ténis grossos, ultra almofadados e meios rotos, cabelos desgrenhados, alguns com bonés e, como que a sair-lhes do umbigo, uns fones que deve ser para os iludir do mundo. E o problema é que parece que já nasceram com eles! Alguns, por delicadeza ou por directrizes familiares, ainda os tiram quando passam por alguém que conhecem para cumprimentar, como antigamente os cavalheiros faziam com os chapéus para saudar as senhoras, e em casa, pelo menos à mesa, ainda vão proibindo os fones nos ouvidos (mas pendurados nas camisolas) enquanto se janta. Como dizia acima, estou a falar de gente que anda na universidade ou para lá caminha.
Existe em Lisboa o museu do traje. Vamos lá e vemos verdadeiras obras de arte no que diz respeito a modas. No século XIX os vestidos compridos - estilo Império - como que a imitar os gregos. No século XX, já outras tendências, com modas unisexo (informação colhida no site). Será que a moda do século XXI vai ser exposta como a vamos vendo nas ruas?
Felizmente não sou o único a reparar nestas coisas. Em Nova York, um Senador colocou outdoors, pedindo aos rapazes que subissem as calças. E não teve medo de escrever: "Somos melhor do que isto".
Mas não ficamos por aqui. Se damos um passeio nas lojas de informática vemos interacção entre uma pessoa e uma máquina. Ora ele está com uma guitarra de plástico a tentar acertar nuns quadrados que emite o som no computador, ou está com um stick a jogar ténis ou a matar numa guerra ou então, a dançar numa girls band mexendo o corpo, movimentos que são reproduzidos na televisão. Eu e o meu mundo é o modo de pensar desta malta nova...
Interiorizando tudo isto concluo: não, não são os sinais dos tempos... são os sinais da minha prematura velhice.

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