Ao som da chuva

Desde que vim de Roma o tempo não me chega. Ok, um pouco exagerado, tavez, mas é o que sinto. Têm sido coisas atrás de coisas, com imprevistos pelo meio, o que faz com que nem tudo esteja a ir ao ritmo que precisaria e que o meu trabalho merecia.
Mas um sábado tranquilo, como há muito não tinha, está a dar para adiantar trabalho mais urgente, como a homilia de amanhã, que acabei de escrever. Ao som da chuva.
Gosto da chuva. Da janela do meu quarto vou vendo as metamorfoses do dia que começou com algum sol, foi escurecendo, e acaba de chover forte e feio, seria a expressão, mas digo forte e bonito. Porque ela veio mansinha, com o seu introito, pinga aqui, pinga ali, o vento a dar expressão e, de repente, num crescendo contínuo, cai certinha, molhando tolos e não tolos. Cai muito depressa, como se a nuvem escura que pairou sobre o convento quisesse descarregar aqui a água toda de uma vez.
Foi o som da chuva que cai, com algum ruído dos carros que passam, que me fizeram parar o que estava a escrever para aqui vir registar este momento em que parei para ver a chuva cair.

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