A noite de Natal

Sou uma noite como todas as outras. Mas ao mesmo tempo sei que sou diferente de todas as outras. Não valho por mim; sou conhecida pela noite em que nasceu um Salvador, um Messias, o Filho de Deus. E gosto de ver o que acontece no mundo quando vivem a minha noite: uns estão reunidos em família, outros andam tristes porque a vida não lhes corre bem, outros ainda gostariam que esta noite passasse rápido ou que não existisse. Mas eu cá estou. Sempre fria, não tenho a culpa, mas sempre quente, porque é este Menino quem a aquece. Sempre escura, afinal sou a noite, mas radiosa como nunca, porque nasceu uma luz fortíssima que me ilumina. À medida que vou vivendo, várias coisas acontecem: por uma janela vejo uma família que reza e, noutra, outra família que discute; uns que estão à mesa e outros na televisão, uns que riem e outros que choram. Numa torre da igreja os sinos tocam, noutras ouço canções de embalar... Mas eu sou a mesma e nada muda por minha causa. E o meu tempo vai terminando. Daqui a pouco o Sol virá trazer luz e algum calor. Não tão forte e tão intenso como o Menino que nasceu na minha noite. Esse é mais forte que a noite e que o dia. Esse é Jesus.

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