O dom da chuva

Finalmente chove! Só faltou um sinal no céu, como um relâmpago ou um trovão para que os céus se abrissem e a chuva viesse.
As nuvens juntaram-se, escuras, como há meses não se via, uniram-se de tal maneira que parece que se espremem para que a água que vem do céu, que tanta falta nos faz, chegasse finalmente à terra seca e poder regar. Voltou o cheiro a terra molhada.
Conta-se que, num tempo de grande sequía, o padre convocou todo o povo para pedir a Deus o dom da chuva. E, no sermão, criticou a falta de fé do povo: Meus irmãos, estou muito descontente com a vossa falta de fé. Convoquei-vos para pedirmos a Deus a chuva e nenhum de vós trouxe um chapéu de chuva!
Hoje de manhã, ao ir celebrar missa, ouvi no metro duas raparigas que diziam: que seca! Parece que hoje já vai chover. Apeteceu-me responder mas não seria conveniente.
Antes, em tempos de seca, rezava-se a Deus a pedir o dom da chuva. Dedicava-se mesmo a Missa por essa intenção. E a primeira oração reza assim: Ó Deus, em quem vivemos, nos movemos e existimos, concedei-nos a chuva necessária, para que ajudados pelos bens da terra, aspiremos com mais confiança aos bens do Céu.
Seja benvinda, Irmã chuva! Como sempre, "útil e humilde, preciosa e casta". E não se vá já embora. Fique por mais uns dias, para podermos desfrutar dos seus benefícios.
(fotografia de uma procissão penitencial para pedir a Deus o dom da chuva)

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