Pôr a escrita em dia

Esta manhã de sábado é-me útil para por em dia coisas que, durante a semana, não consegui resolver. Uma delas sãos os mails. Não sei se não preferia o tempo das cartas. Enquanto iam e vinham, íamos pensando nas cosias, não estávamos na pressão das respostas.
Com os mails é diferente. Se não respondemos em 24 horas ficam as pessoas impacientes, voltam a mandar mails ou sms a perguntar se recebi tal mail e porque é que ainda não respondi (não é assim tão frequente mas vai acontecendo). Uma coisa é ler, outra é responder. E estamos a perder esta ideia de Cohelet que nos diz que tudo tem o seu tempo e que há um tempo para tudo.
Há mails que se lêem rápido, outros que nem se chegam a ler porque, se não tempo para ver mails importantes, quanto mais outros que já vêm encaminhados não sei quantas vezes! Para não falar dos mails de alerta por causa de um vírus profético que se nós recebermos não devemos abrir em caso algum mas que, depois, nem chega a vir!
E há os que precisam de tempo para uma resposta ponderada e que precisam de tempo útil.
Respondi a um mail de uma pessoa que me escreve a contar os seus problemas. Uma situação desesperante e que até Deus é colocado em questão.
Respondi-lhe assim: Obrigado pelo seu mail. Infelizmente não tenho muitas ajudas a dar.
Sabe que nem sempre a vida nos corre bem, apesar de acharmos que sim e de não estarmos muito habituados a contrariedades.
Mas o que nunca podemos fazer é desistir.
E quanto menos metermos Deus na origem dos nossos problemas tanto melhor. Como deve imaginar, Deus não nos manda desgraças nem desempregos. É tudo resultado das nossas ações diretas ou indiretas. Não podemos culpar a Deus da crise em que estamos a viver ou de uma doença que nos tenha acontecido ou de outra qualquer desgraça.
Deus entra nestas situações como aquele que está do nosso lado, e a quem devemos pedir forças para atravessar estes momentos difíceis.
Rezo por si e deve regressar a Deus. Quanto mais longe de Deus mais difícil será encontrá-lo na nossa vida.
(imagem: Sanzio Raffaelo, Retrato de Tommaso Inghirami, 1510-14)

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