Iniciativas de paz

Ao mesmo tempo que se fazem as negociações para a guerra, levantou-se uma voz simples mas mais forte, que pediu que não se avançasse para o confronto mas que o diálogo ajudasse na promoção da justiça, olhando mais ao bem comum do que aos interesses pessoais, tendo em conta, sobretudo, que os indefesos, que são sempre os mais castigados e as principais vítimas da maldade humana.
O Papa Francisco convocou para amanhã um momento de oração e de jejum pela paz no mundo inteiro, mas em especial pela paz Médio Oriente e na Síria. Toda a humanidade está convocada para esta jornada: católicos e não-católicos, crentes e não crentes, todos os homens e mulheres de boa vontade.
O que o papa pede é simples: que troquemos os nossos programas de sábado à noite por um momento de oração e de jejum. É simples: em vez da telenovela, do facebook ou do tempo imoderado na internet, que haja um momento de oração em família, ou numa comunidade cristã, a pedir a Deus que nós, humanos, nos entendamos e percorramos juntos o caminho da paz. E em vez de ir jantar fora ou fazer um jantar mais cuidado, que a refeição seja frugal, sem tabaco nem álcool, como sinal de solidariedade e de oração. Sim, o jejum pode ser também uma forma de oração. E, em vez de conversas banais ou de silêncio à mesa que a televisão é mais importante, que se aproveite a mesa para falar novos e velhos, pais e filhos, sobre o que significa a paz, e quem está sozinho, que oiça música, porque não a nona sinfonia de Beethoven na sua Ode à paz?
Que amanhã ninguém se esqueça de ter uma iniciativa de paz. Eu irei acender uma vela na varanda do meu quarto, e pedir a Deus que ilumine os governantes da nações que nem sempre têm para os povos caminhos de paz.
(imagem: Picasso, roda da paz, 1961)

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