Jovens sem Deus

Dias cheios estes, os meus, de trás para a frente, de horários trocados que tanto me moem.
Nas idas e voltas tudo acontece: o esperando e o inesperado, o combinado e a surpresa. No meio disto tudo, valem-me as viagens tranquilas. As desta semana, além das voltas do bairro, foram em grande parte de comboio. De comboio para o Porto e de comboio para Cascais, onde tenho ido fazer umas pregações. E, nas viagens calmas, dá para leituras calmas. Li, esta semana, um livro interessante, provocador, talvez até demasiado realista, que aborda um problema muito sério para a Igreja: a difícil relação entre os jovens e a fé. O título do livro já deixa ver a seriedade da problemática: A primeira geração incrédula. Não se trata de atribuir culpas nem desculpas. Mas o autor chega a uma conclusão inquietante: esta geração não é contra Deus mas sim sem Deus. Não adianto mais mas olhem os tipos de jovens que temos nas nossas sociedades europeias: "crentes, crentes não-praticantes, ateus, ateus anónimos, ateus devotos, agnósticos, buscadores de Deus, indiferentes, homens e mulheres da pertença sem crença, reprincipiantes, pessoas pensativas à espera de uma Igreja diferente e, no fim, a primeira geração incrédula". A não deixar de ler quem se inquieta com estas questões.
Livro que vai para a estante. Agora, tempo para ler uma "relíquia": as conferências de São Vicente de Paulo. Relíquia porque a edição limitada de 1960 quase reservada às Irmãs da Congregação, chegou às minhas mãos, prenda ou herança de uma amiga. Será a leitura para os próximos dias.
 

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