Um dia de férias

“Passa o tempo e com ele as nossas vidas”, diz o poema e tem razão. Em Feirão passa o tempo e com ele a vida do presente e a do passado. A vida de férias continua a ser, para mim, de trabalho: duas missas diárias e um trabalho grande que tenho de preparar para entregar proximamente na Congregação do Culto e Disciplina dos Sacramentos. Mas há tempo para tudo. Hoje, por exemplo, foi dia de almoçar com o Bispo da Diocese. Na passada sexta-feira, dia de São Domingos desafiei-o a vir almoçar hoje a Castro Daire com as Irmãs Dominicanas e o pároco amigo, P. Caria. Aceitou e lá fomos. O almoço foi simples, como se requeria, mas fraterno e animado. E cantado, que a Ir. Cistina, com os seus 96 anos, continua a dar ânimo à comunidade. Cantou-nos umas rimas, que eu não decorei, com pena, sobretudo a da sacristã, que muito nos fez rir. Regresso a lamego, para deixar o Sr. Bispo e comprar hóstias para a Missa (hoje descobri que também as fazem na Casa do Gaiato mas que só vendem a gente de confiança). E esta noite, jantar-convívio em Feirão: uma feijoada para quarenta pessoas, feita à moda antiga, que significa, na cozinha a lenha e em panelas de ferro. Sabor inigualável, apesar do forte do prato numa refeição que se quer ligeira. Mas um dia não são dias, e é mais pelo convívio que pela comida.
E assim passam os dias. Mais cheios ou mais livres, o que é certo é que nem o tempo nem o trabalho que trouxe me permitiu ainda fazer as minhas caminhadas. Creio que para a semana me posso dedicar a elas
(Fotografia: as panelas da feijoada e o tacho do arroz)

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