E o melhor do mundo são as crianças

Após uma grande ausência da Ajuda de Berço - sempre mais temporal que emocional - passei esta tarde lá para estar com os miúdos. Saudades de todos, muita alegria, novidades, e colo daqui, colo dali, uns cresceram, outros estão barrigudos e outros até dizem que já têm barba como eu (tudo expressões deles, claro).
No final da tarde encontrei o meu amigo Rafael, sempre com muitas saudades, e ajudei-o a fazer os trabalhos de Matemática, colorir umas histórias e interpretar um trava-línguas: "Cose Casimira em casa, cada casa da camisa". Lá lhe expliquei o sentido da frase para ele poder fazer o desenho: uma senhora com uma agulha na mão e uma camisola ao lado. Tudo dentro de uma casa. Quando acabou de fazer as fichas colocou o nome e a data. Perguntei-lhe se sabia porque é que era o mês cinco e ele respondeu prontamente: porque é o mês de Maio. Mas não conseguiu explicar o porquê do 2015. A primeira resposta - lógica - foi a de: foi porque quando começou o mundo. E eu lá lhe disse que era por causa de Jesus. Na segunda ficha voltei a fazer as perguntas e respondeu bem. E acrescentou: é que Jesus nasceu no dia zero, mês zero e ano zero! Eu eu disse, devia ter sido mas enganaram-se nas contas.
Foi um momento bonito, ele inteligente e atento, no final disse-me: já sabes, quando eu vier da escola e trouxer a mala para aqui é porque tenho trabalhos. Os outros, que iam passando, respeitavam o trabalho do Rafael.
Cada vez compreendo mais a comparação de Jesus do cristão com as crianças: "quem não se tornar como uma criança não entrará no Reino dos céus".
E, ao chegar, tinha entre os meus mails, um emocionante vídeo de uma criança brasileira que, na viagem do Papa Francisco ao Brasil, foi dos que conseguiu subir ao carro e dizer-lhe que queria ser padre. Vale a pena ver.


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