Rituais

Termino, esta noite, cinco dias de retiro. Já o faço há quase doze anos, sempre na última semana de Junho, ou quase sempre. Um dos rituais do meu ano. Chamo-lhe retiro mesmo que, formalmente, não tenha a estrutura de um retiro: mais oração, mais silêncio, mais contemplação da natureza (este ano com a nova encíclica do Papa), e algumas leituras e traduções religiosas. Retiro porque me retiro do convento e porque me afasto do que faço quotidianamente: menos telemóvel, menos conversas, menos exposição. Só o essencial.
Trouxe, para trabalhar, o ritual das profissões, que está em latim, há uns anos à espera de tradução, e que lhe peguei sem medo. Já traduzi metade, e a outra ficará para as férias de Feirão. Foi bom revisitar a teologia e a espiritualidade da nossa profissão. Uma expressão recorrente nas rubricas é "decorosa sobriedade, como é tradição na nossa Ordem". Um apelo constante à sobriedade nos ritos e nas atitudes, que só nos fica bem.
Para terminar, alguns meninos da Ajuda de Berço vieram hoje visitar-me e aproveitámos para passar a manhã na praia e ter um almoço saudável.
Agora que o dia começa a declinar, é tempo de arrumar malas e bagagens e pensar em regressar. Para o ano há mais, se Deus quiser.

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