Uma estranha ausência

Alguns seguidores deste espaço andam
Perguntar-me-ão: mas não aconteceu nada em duas semanas? Nada de especial? Nada que contar? Sim, aconteceu. Aliás, aconteceram muitas coisas. Além do descanso que precisei de ter depois das festas da Páscoa e de uma viagem de trabalho a Sevilha, regressei com uma nova missão encubada que me vai fazer mudar um pouco a vida: ao fim de 18 anos o noviciado dos dominicanos, até agora realizado em Sevilha, vai regressar e a Lisboa. E este que vos escreve foi nomeado Mestre dos Noviços. Não sei se ria se chore ou sequer se fique contente. Apreensivo sim, pela confiança e pela responsabilidade que me é exigida, e com os cortes que terei de fazer para me dedicar quase inteiramente a esta prioridade. Serão 11 noviços, se Deus quiser, dez de Angola e um de Portugal.
Por tudo isto, que é de longa digestão, tenho estado mais reservado e empenhado já em preparar um programa de noviciado.
preocupados: que eu deixei de escrever, o que é que se passa comigo, o que é que se passa com o blogue. A vida é mesmo assim: há momentos desinspirados, acontecimentos que devem ser guardados, a normalidade da vida dá pouco que expor e contar.
Apetece-me, hoje, escrever a frase que tantas vezes vezes vemos nos nichos das alminhas: Ó vós que ides passando, lembrai-vos de nós, que estamos penando. Sim, caro leitor que por aqui vai passando, reze por mim, que não sofro (ainda) as penas do purgatório, mas outras, que a responsabillidade e a vida me dão.
E termino com uma "florinha" da vida de Santa Teresa: diz-que a Santa sofria muito, com as doenças e aridez da alma. E, tendo-lhe aparecido Jesus, numa visão, perguntou-lhe porque é que a tratava assim. Ao que o Senhor lhe respondeu: Teresa, é assim que trato os meus amigos. E Teresa, graciosamente responde-lhe: Ah! Senhor, é por isso que tens tão poucos!

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