P. Congar e a liturgia

Não sei se há algum estudo académico ou literário sobre esta faceta do P. Congar. Um frade incontornável na Igreja do século XX e também na Ordem, mesmo se sofreu alguma coisa antes do Concílio, fosse por pressão do Vaticano (Pio XII) fosse por parte da Ordem, que o queriam silenciar.
Uma coisa é certa: o P. Congar mostrou aos que se achavam na verdade que poderiam estar a ser injustos para com a Verdade. De tal modo que o Concílio lhe dará razão e o Papa João Paulo II fá-lo-á cardeal, já doente, no fim da sua vida.
Voltando ao tema. Não sei se há algum estudo sobre a relação do P. Congar com a liturgia. Mas, nestes dias de trabalho, em que me coube juntamente com o secretário fazer uma "informatização" do conteúdo dos arquivo da Comissão, encontrei, por acaso, uma carta do P. Congar ao então Mestre da Ordem fr. Vicente de Couesnongle sobre a aprovação do primeiro livro litúrgico da Ordem, aprovado depois do Cocílio.
Trata-se de um pedido que o Mestre da Ordem fez a vários peritos da Ordem sobre a Carta de Promulgação do volume da Liturgia das Horas que ele escreveu. Foi enviada, como digo, a vários irmãos, um dos quais o nosso querido P. Congar. No dia 28 de Agsto chega a Roma uma pequena carta com o seu parecer. Nela se lê que não tem muito a acrescentar mas que gostaria de insistir em que "1º: na unidade entre celebração dos mistérios, seja no estudo (teologia), seja na sua comunicação (pregação, apostolado nas suas formas mais variadas); 2º que não há comunidade religiosa possível se não se celebra em conjunto as festas litúrgicas; 3º a liturgia guarda um grande tesouro da tradição e da confissão da fé apostólica".
Isto diz muito e dá que pensar a nós, dominicanos. E dará muito que fazer.

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