Transfigurados

Hoje, na liturgia, escutámos a passagem da transfiguração do Senhor, na versão de São Mateus. A narração é lisa mas o episódio deve ter sido esplêndido. Muitas interpretações se fizeram e fazem ainda hoje na linha da fé e da espiritualidade. Em 1994, o Papa João Paulo II usava este mesmo episódio para falar da vida consagrada. É uma possibilidade e, no caso, foi conseguida.
Mas não deixa de ser uma interpretação da vida e existência humana. O que seremos só conseguimos antecipar em glória e deve ser para nós o ânimo e a esperança para perceber que os embates da vida precisam também eles de ser transfigurados.
Aqui no Convento cantamos neste dia o coral da transfiguração. Uma das estrofes canta assim: Senhor, pesa tanto a vida quando /Quando o amor abandona a casa. As vias de acesso ao Rosto / não as sabe a paixão sem asa. Tu de Deus a porta, a Páscoa /o pulsar que move o escuro. Tu que conheceste a morte transfigura a noite, / O muro.
 É Cristo quem transfigura a nossa noite e derruba os nossos muros. Com ele, a cruz da vida e os cansaços dos dia são aliviados. E o dia renasce, transfigurado.

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